Dia dos namorados

12 de jun. de 2010




Hoje ao meio-dia quando estava todo contente saindo do hospital onde trabalho (não, não sou médico), esse horário de sábado é quando minha semana finalmente acaba, me deparei com uma cena que me fez refletir um pouco sobre o dia de hoje – o dia dos namorados.

Na portaria, enquanto devolvia a chave pro porteiro, um rapaz chegava com um buque de rosas em uma das mãos e uma sacola na outra. O porteiro perguntou onde ele ia, no que o homem respondeu que iria visitar alguém no quarto. Imediatamente o funcionário da empresa advertiu dizendo que ele não poderia ir até lá com aquelas flores. O rapaz com uma voz de total decepção pediu uma ultima confirmação: “não pode mesmo?” e em seguida fez outra pergunta “e com essa sacola?”. “O que tem nela?” – perguntou o porteiro e o rapaz respondeu “frutas”. Mais uma vez o funcionário foi taxativo ao dizer que aquela sacola também não poderia entrar.
Ouvindo essa situação, comentei com um colega de serviço que estava ao meu lado. “Complicado, né? Além da sua esposa/mulher estar lá internada. Você quer levar umas flores de dia dos namorados pra ela, mas não pode”. Concordamos e seguimos para nossos respectivos carros.

A conversa acabou ali mesmo, não durou nem sequer um minuto, mas em minha mente aquela situação continuou perdurando por muito tempo.

É verdade que durante muito tempo eu levei uma vida solitária e pra falar a verdade, não me importava muito com isso. Mas a cerca de um ano e oito meses, conheci uma pessoa que me fez pensar diferente, que me fez ver as coisas de outro ângulo (na realidade eu já conhecia essa garota antes, mas ela era apenas uma amiga).  A partir daí comecei a me importar muito mais com ela do que com qualquer outra pessoa ou até comigo mesmo. E quem já sentiu isso, sentiu de verdade mesmo, sabe do que estou falando. É algo inexplicável...

Mas voltando aquela cena que descrevi no início, comecei a me imaginar naquela situação (Deus me livre e guarde de ter que passar por algo parecido). E me vendo ali, impotente, me bateu certo desespero, certo medo, um pavor, eu diria. Aquela situação de ver a pessoa que você ama vivendo aquela condição de estar presa numa cama de hospital enfrentando sabe-se lá que tipo de doença e você não podendo fazer nada. Nem ao menos levar um ramalhete de flores ou algumas frutas para mudar um pouco aquela rotina triste de estar internada. Pra mostrar que você está lá, que você se importa. Que é dia dos namorados, porque talvez se ela estivesse lá há muitos dias, ela nem saberia em que dia estava. È uma situação foda deprimente!

Poxa, qual seria o problema de levar as flores lá? Vão dizer que pode contaminar ou que pode infectar ou qualquer coisa parecida. Mas até sua roupa poderia fazer qualquer uma dessas coisas no ambiente. Afinal, ninguém esteriliza as roupas para fazerem visitas. Sinceramente não entendo isso! Se alguém entender, por favor, me explique.

Eu sei que pode (e vai) parecer piegas, cafona ou qualquer coisa assim. Mas se você tem uma pessoa de que gosta, tente fazer o melhor por ela e pra ela enquanto você está aí saudável, bonitão. Porque pode chegar um momento em que você tentará fazer isso, mas não vai mais ser possível. Não digo apenas no dia dos namorados, porque isso é apenas uma data simbólica que ajuda a inflamar o comercio, mas digo sempre. E isso se expande para outras pessoas que você admira e que são importantes, seja família ou amigos ou o que for.

Aproveitando esse momento emo de reflexa e também o dia dos namorados, aproveito para deixar aqui registrado todo meu carinho para aquela pessoa que eu disse que me fez conhecer esse sentimento tão nobre e que me motiva tanto. Pois sem isso, eu nada seria, como diria aquele trecho da música do Renato Russo carta do apóstolo Paulo aos coríntios.

Paula Matiello, meu amor, muito obrigado por tudo e por me fazer conhecer esse sentimento.

Pra você que tem ou não uma pessoa especial na sua vida, achou o que desse texto? Antes de qualquer coisa, esse blog não vai virar uma página melosa.  Mas aqui é o espaço para expressar o que penso, sinto ou o que me der na telha. E você também é livre para dizer o que pensa, tome seu café e fique a vontade para comentar.

4 comentários:

Paulinha disse...

ah eu chorei! hahha
sem palavras para o q vc escreveu... só posso dizer q sou a mulher + sortuda do mundo! vc me faz mto feliz, te amo muito!!!! obrigada por existir meu amor!
e agora comentando o texto.. só tenho um trecho d música do Renato Russo (tb rs) pra dizer "é preciso amar como se não houvesse amanhã... pq se vc parar pra pensar na vdd nao há".
beijos

Carlos E. Garrido - Café com Ócio disse...

Que bom que gostou honey :)
Mas é verdade mesmo, quando você para pra pensar nessas coisas, é de emocionar mesmo. Agradeço a Deus por poder ter você comigo.

Unknown disse...

Adorei Carlão! Deus me livre a gente ver a situação dele né?
Grande bjo pra vc! saudade da turmaaaa =]

Carlos E. Garrido - Café com Ócio disse...

Realmente, a situação dele era trash, coitado. Deus nos livre de ter que passar por algo desse tipo.
Valeu Cammytis!

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