Segundo Turno: Marionetes e Apelação

13 de out. de 2010


Depois de um primeiro turno até razoável, com a propaganda eleitoral se focando em mostrar as propostas e a biografia dos candidatos à presidência da república, com direito a bons debates, com raras exceções. O segundo turno mostra-se deplorável. Ninguém mais sabe o que o futuro presidente fará ou deixará de fazer. A única coisa que vemos são dois candidatos desesperados para fazer qualquer coisa que possa agradar o público. Meras marionetes das pesquisas de intenção de voto. Se as pesquisas mostrarem que o eleitorado é favorável a determinada coisa, lá vai os candidatos dizerem que são a favor, mesmo que nunca tenham sido e que pensam totalmente diferente daquilo.

Nesta palhaçada que se tornou o segundo turno, vemos dois candidatos tentando mostrar o quanto são religiosos, contra o aborto e que se preocupam muito com o meio ambiente. De repente, temos duas Marina Silva disputando a eleição, uma do PT e uma do PSDB, mesmo que a verdadeira tenha ficado na fase anterior na terceira colocação. Onde está a integridade de Dilma e Serra? O povo quer eleger uma pessoa de verdade, que tenha suas próprias convicções, e não uma mera ilusão, um simples produto fabricado por seus marqueteiros.

Vendo seus programas eleitorais, hoje em dia, é impossível saber quem são eles de verdade. O que se vê é apenas uma lastimável tentativa de ambos em parecer outra pessoa para angariar alguns votos, mudando de personalidade conforme o ritmo das pesquisas. Triste, mas é verdade.

Se isso não fosse suficiente para entristecer o eleitorado, o segundo turno ainda nos reserva coisas piores. Além, de dois candidatos, já sem identidade, o que é mostrado são duas campanhas baixas e apelativas. Ninguém mais quer fazer nada e não importam os projetos ou planos de cada um. Tudo o que importa é tentar rebaixar o outro. A intenção não é ganhar votos, nesse caso, mas sim, arrancar votos do oponente.

E como, nós, pobres eleitores, ficamos nesse caso? Do jeito que as coisas estão, talvez devêssemos tentar escolher qual melhor marqueteiro e votar no partido pelo qual ele trabalha. Porque tudo o que vemos, tudo o que estes candidatos são atualmente, são frutos desses profissionais da propaganda.  E pelo jeito que a coisa vai, aquele que tiver os melhores assessores vai ganhar a disputa e se tornar o presidente de nosso país. Se não tiver gostado dessa opção, talvez a gente tenha que vasculhar o material exposto por eles no primeiro turno, para tentar conhecer e relembrar suas propostas. Porque o segundo turno está duro de tolerar e mais duro ainda de ter vontade de utilizar seu voto com algum deles. 




1 comentários:

Raul disse...

Sinceramente, detesto os dois candidatos, mas já estou cogitando votar no primeiro que resolver assumir suas posições.

Acho que seria muito mais produtivo se os dois candidatos do segundo turno fossem Marina e Plinio. Pelo menos os dois eram candidatos com personalidade própria e programas de governo bem definidos.

Por enquanto, meu voto é 26: http://www.youtube.com/watch?v=GyJa_p9Zk_8

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