Depois do mediano “Aurora Consurgens” e de muitas discussões internas, que renderam até a saída do baterista Aquiles Priester e a volta de Ricardo Confessori para o posto, eis que finalmente a banda ANGRA lança seu aguardado sétimo e novo álbum de estúdio.
Liricamente, “Aqua” gira em torno da peça “A Tempestade” de Willian Shakespeare, que conta a história de Próspero, um aristocrata que detém poderes sobrenaturais e que foi exilado em uma ilha por desavenças políticas. Lá ele provoca um naufrágio e traz seus inimigos para junto dele para, assim, executar sua vingança.
Já musicalmente, o novo disco mantém o estilo de seu antecessor ao mesmo tempo em que continua a busca da banda para não se estagnar e continuar sempre inovando. O resultado é um disco que não é maravilhoso, mas também não faz feio na bela discografia do grupo.
Já musicalmente, o novo disco mantém o estilo de seu antecessor ao mesmo tempo em que continua a busca da banda para não se estagnar e continuar sempre inovando. O resultado é um disco que não é maravilhoso, mas também não faz feio na bela discografia do grupo.
Como de costume a faixa de abertura, é apenas isso mesmo, uma introdução para a música mais rápida da bolachinha. A canção veloz em questão é a ótima “Arising Thunder”, que se não apresenta novidades, ainda assim é um empolgante Speed Metal, que mantém a tradição de boas músicas do grupo dentro deste estilo.
Já “Awake From Darkness”, uma das melhores, e “The Rage of the Waters” trazem de volta aquela mistura de música brasileira com Heavy Metal que caracteriza o som da banda e que eles sempre fizeram muito bem ao longo dos anos. Duas grandes faixas, que merecem destaque em “Aqua”.
Outros bons momentos podem ser encontrados na beleza de “Lease of Life” e “Spirit of the Air”. Ambas muito bem compostas e diferentes de qualquer outra balada que a banda já tenha gravado. Mesmo que a primeira lembre bastante algumas canções do ALMAH, projeto solo do vocalista Edu Falaschi. Não atoa a música é de sua autoria.
Além destas duas, o disco ainda trás outras músicas com andamentos mais calmos, como “A Monster in Her Eyes”, “Weakness of a Man” e “Ashes”. Sendo a segunda a melhor delas. Não que alguma destas músicas sejam ruins. Mas metade do disco é composto por baladas e semi-baladas e isto não é exatamente o que se espera de um disco de Heavy Metal.
Completa o disco, a mediana “Hollow” que alterna momentos calmos com outros pesadões, mas que não chama muito a atenção.
“Aqua” mostra uma banda madura e que sabe o que está fazendo e aonde quer chegar. Todos os músicos estão afiados e, apesar de mostrar virtuosidade, esbanjam bom gosto nas composições e execução das músicas. O vocalista Edu Falaschi está cada vez mais seguro e usa seu timbre natural, espantando de vez o fantasma de André Matos, que é ótimo, pois, ele possui uma bela voz. O álbum só peca por possuir, como já disse acima, muitos momentos calmos e também por ter como antecessores algumas verdadeiras obras-primas do Metal, o que faz com que a expectativa em cima desse disco seja muito alta.
Angra – Aqua (JVC/SPV, 2010)
Produzido por ANGRA
Produzido por ANGRA
"Viderunt Te Aquæ" - 1:00
"Arising Thunder" - 4:52
"Awake from Darkness" - 5:54
"Lease of Life"- 4:33
"The Rage of the Waters"- 5:33
"Spirit of the Air" - 5:23
"Hollow" - 5:30
"A Monster in Her Eyes" - 5:15
"Weakness of a Man" - 6;12
"Ashes"- 5:06
"Lease of Life (Remixed Version)" - 3:47
Confira o vídeo-clipe da faixa “Lease of Life”:
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2 comentários:
O ToS tb tem uma penca de baladas, mas é o cd que é, fantastico
tirando isso, concordo com vc...n é o melhor, mas está à altura da historia da banda. Quanto às baladas, gostei mais de "Spirit of the air".
Concordo que o ToS também esteja cheio de baladas. Mas mesmo assim é uma das maiores obras do metal contemporâneo e um dos meus preferidos da banda. Mas uma coisa que incomoda no "Aqua", e que não acontece no ToS, é que as músicas pesadas também não são tão pesadas assim. Talvez elas fiquem com mais peso ao vivo, mas da forma que foi produzido no disco, estão meio lights demais.
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